O pistoleiro e sua (maldita) Torre Negra #19
Categoria: Literatura | Tags: Resenhas
O homem de preto fugia pelo deserto e o pistoleiro ia atrás.Assim como meu querido Roland, estou presa nessa maldita Torre Negra há anos. Acredito que já faça uns sete ou oito anos que li o primeiro livro dessa série que iria me fazer perder o sono várias vezes até se concluir. E como demorei para concluir, viu? Mas, assim como os personagens, cada pessoa tem um tempo para alcançar a sonhada Torre. Eu cheguei lá e quando o fiz, não consegui dormir novamente.
Ah, é de se esperar que o fim de uma série com tantos livros trará uma conclusão, um fim, um ponto e um alívio para o coração do leitor, certo? Talvez sim, se o leitor não se enfiar tanto nas teias que Stephen King criou. Mas como poderia não se envolver?
Li algumas críticas bem duras sobre a série, algumas tive que concordar, mas essas concordâncias não fizeram com que esse universo brilhasse menos para mim. O que vejo muito é o pessoal dizendo que os vilões não são trabalhados de uma forma muito boa na série. Isso porque temos a mania de querer coisas claras. Antagonistas claros. Vilões que transformem a vida dos mocinhos em um inferno.
Mas, na minha opinião, não existem mocinhos em A Torre Negra, assim como na vida real. Roland é o próprio Rei Rubro, em um ponto de vista bem cru. A diferença é que o Rei aprisionou-se literalmente dentro da Torre, enquanto Roland fez pior: ele viveu a Torre, mesmo podendo seguir outro caminho, porque as pernas - mesmo que cansadas - eram livres para ir e vir. Para mim, Roland Deschain é o protagonista e o antagonista da própria história. E não somos todos?
Rolando deixou o menino Jake cair. E tenho certeza que ele deixaria quantas vezes fossem necessárias até entender que Ka-tet é 19, que a Torre é 19, e 19 é ka-tet. Eu sei, é confuso, mas em resumo: a Torre é apenas ele mesmo atrapalhando a própria vida.
É que nem o que o Eddie fala sobre o irmão: Henry tinha própria Torre. Era uma Torre Branca e com um fim mais curto, mas estava preso nela tanto quanto Roland estava há dele.
Quero fazer mais posts sobre essa série maravilhosa, então acho que esse serve como introdução sobre o que penso. See ya.
































