O pistoleiro e sua (maldita) Torre Negra #19

Categoria: Literatura | Tags: Resenhas

O homem de preto fugia pelo deserto e o pistoleiro ia atrás. 
Assim como meu querido Roland, estou presa nessa maldita Torre Negra há anos. Acredito que já faça uns sete ou oito anos que li o primeiro livro dessa série que iria me fazer perder o sono várias vezes até se concluir. E como demorei para concluir, viu? Mas, assim como os personagens, cada pessoa tem um tempo para alcançar a sonhada Torre. Eu cheguei lá e quando o fiz, não consegui dormir novamente. 
Ah, é de se esperar que o fim de uma série com tantos livros trará uma conclusão, um fim, um ponto e um alívio para o coração do leitor, certo? Talvez sim, se o leitor não se enfiar tanto nas teias que Stephen King criou. Mas como poderia não se envolver?   

Li algumas críticas bem duras sobre a série, algumas tive que concordar, mas essas concordâncias não fizeram com que esse universo brilhasse menos para mim. O que vejo muito é o pessoal dizendo que os vilões não são trabalhados de uma forma muito boa na série.  Isso porque temos a mania de querer coisas claras. Antagonistas claros. Vilões que transformem a vida dos mocinhos em um inferno.

Mas, na minha opinião, não existem mocinhos em A Torre Negra, assim como na vida real. Roland é o próprio Rei Rubro, em um ponto de vista bem cru. A diferença é que o Rei aprisionou-se literalmente dentro da Torre, enquanto Roland fez pior: ele viveu a Torre, mesmo podendo seguir outro caminho, porque as pernas - mesmo que cansadas - eram livres para ir e vir. Para mim, Roland Deschain é o protagonista e o antagonista da própria história. E não somos todos?  

Rolando deixou o menino Jake cair. E tenho certeza que ele deixaria quantas vezes fossem necessárias até entender que Ka-tet é 19, que a Torre é 19, e 19 é ka-tet. Eu sei, é confuso, mas em resumo: a Torre é apenas ele mesmo atrapalhando a própria vida. 
É que nem o que o Eddie fala sobre o irmão: Henry tinha própria Torre. Era uma Torre Branca e com um fim mais curto, mas estava preso nela tanto quanto Roland estava há dele.  

Quero fazer mais posts sobre essa série maravilhosa, então acho que esse serve como introdução sobre o que penso. See ya.


I'm bent with bitterness #SeveroSnape

Categoria: Fanfics| Tags: Aleatoriedades
       Severo apertou os olhos, não muito certo do que via. Potter estava tão perto de Lily que, por um momento, o sonserino achou que eles estavam se beijando. O almoço subiu pela garganta em uma náusea que só se dissipou pois Lily afastará o rosto no último segundo. O que diabos era aquilo? Será que ela estava em apuros? 
       A ideia logo escapou da mente de Severo, pois Lily inclinou-se para trás em uma óbvia gargalhada, feliz e radiante como poucas vezes o garoto a havia visto. E Lily, em geral, era uma pessoa muito feliz. Teve que desviar o olhar por um instante ao perceber que o maldito Potter ria também e a sintonia deles era tão grande que o garoto quase sentiu-se mal por estar espiando. 
       Em seis anos aguentando aquele maldito grifinório, Snape podia jurar que nunca o vira sorrir daquela forma. Rir então, muito menos. Aquela cena acendeu algo tão ruim dentro dele que precisou respirar fundo e apertar os dedos ao redor da varinha antes de fazer uma besteira. 
       Não que ele se importasse com o que a sangue-ruim fazia, era o que vivia repetindo para si mesmo em uma tentativa desesperada de explicar o tremendo vazio que sua vida se tornará desde que Lily saiu dela.
     Mas o que a garota fazia ali, esparramada na sombra da árvore - a mesma que que tantas vezes compartilhou com Severo - com James Potter, ele era incapaz de saber. Até o incidente, Sev e ela haviam adotado a tática de ignorar a existência de Potter e seus amigos, pois aquilo só havia feito os dois brigarem. E por isso, ele presumirá que Lily os odiava tanto quanto ele odiava. Só que, aparentemente, os motivos deles eram completamente diferentes. Lily não falava deles porque sabia que acabaria defendendo-os, assim como fazia com todos os colegas metidos a heróis. 
       A realidade atingiu Snape como um soco na cara e ele sentiu a garganta se apertar em um ataque de pânico. 
       Tinha aquilo desde menino. A bebedeira do pai… Os gritos da mãe… O riso dos trouxas cada vez que ele passava, o deboche. Dor. A vida de Severo Snape era apenas dor até o momento que viu a menina ruiva fazendo magia e tornando-se a coisa mais importante para ele. Parecia ter acontecido há tanto tempo, em outra vida. 
       Hogwarts mudará os dois. Talvez mudar não fosse a palavra certa, mas era o jeito que ele sentia. No momento que o Chapéu Seletor gritou “Grifinória” e a garota correu para a mesa dos heróis, Snape soube que a perderia. Criou essa profecia na própria cabeça e, indiretamente, fez com que acontecesse. 
       E ele… Bem, ele tinha uma escolha. Por um tempo conseguiu lutar contra o instinto. Ele odiava os trouxas e bruxos nascidos trouxas; exceto uma. Odiava pelo riso que suas roupas de trouxa e sua excentricidade causavam. Odiava, acima de tudo, o pai trouxa, que sempre tornou a vida de Snape miserável. 
       Os gritos… Merlin, os gritos ainda o assombravam. 
       Então de um lado havia toda essa mágoa e raiva e do outro havia Lily. E ele lutou para tentar ficar ao lado dela, para não ser o monstro que sentia despertando dentro dele. Mas se perdeu e nem mesmo a garota conseguiu salvá-lo. 
       E agora estava ali, meio escondido em um arbusto, assistindo Lily - sua Lily - sendo roubada por um herói do quadribol. 
       E quando Potter se aproximou novamente da garota, Severo soube que era tarde demais. Talvez tivesse sido o primeiro beijo, ou apenas um de vários, mas aquilo trouxe à tona a pior parte de Snape. E como não havia mais luz para contrapor-se à escuridão, ele simplesmente entregou-se às trevas, jurando para si mesmo que nunca mais ficaria assistindo a felicidade dos outros atrás de um arbusto. 
       Ele aceitaria o convite e seria um servo do Lorde das Trevas. E um dia mataria James Potter, assim como ele o havia - de certa forma - o matado. 


Harry Potter e a Criança Amaldiçoada (Harry Potter e o filho chato)

Categoria: Literatura  | Tags: Harry Potter
Confesso que não estava assim tão nervosa ou ansiosa para ler A Criança Amaldiçoada quanto fiquei para ler Relíquias da Morte, por exemplo. Provavelmente por causa da narrativa, que eu sabia que não seria realmente o meu tipo preferido. Mas ok, né? Para quem já tinha dado Harry Potter como encerrado, acredito que tivemos sorte de ter acesso ao roteiro da peça.

Li em uma manhã e pode-se dizer que foi uma montanha-russa de emoções, mesmo o livro, em geral, não sendo bom. Mas ao mesmo tempo é. Difícil explicar, pois como libriana que sou, tento ver os dois lados.  Mas, resumindo, a J.K. conhece o seu público e sabe exatamente aonde vai atingir, doer, tocar. 

Por exemplo, achei um tanto desleixado a história de ir e voltar no tempo tantas vezes. Mudar as coisas mais de uma vez e, no fim, conseguir ajeitar o tempo exatamente como ele era. Não existe possibilidade disso acontecer, não é? Até porque, o Alvo e o Escórpio foram vistos em mais de uma ocasião, gente vivendo e gente morrendo a cada versão de passado e futuro. Isso deu um nó tão grande na minha cabeça, pois não condiz muito com  o que a J.K. pregou em Prisioneiro de Azkaban e nos outros livros: existem consequências para quem viaja no tempo e muda as coisas. Alvo e Escórpio não sofreram nenhuma consequência. De nenhum tipo, aliás.

O que nos leva  a outra questão... Que tipo de escola Hogwarts virou, que não expulsaria dois alunos que fizeram o que o Escórpio e o Alvo fizeram? Eu realmente não acho que a Minerva se submeteria daquele jeito. E eu sei, você vai dizer: "mas Bruna, Harry fez coisas mais tensas e nunca foi expulso". Não, não fez coisas tensas ASSIM. E o Harry nunca foi expulso porque o Dumbledore sabia do sacrifício que o Harry teria que fazer no final, nunca foi expulso porque ele mesmo pode ter o colocado nessas situações. 

Mas quanto ao Alvo... Bom, não havia um motivo, um sacrifício, uma desculpa. Ele é apenas um menino mimado brincando de Deus. E dá pra entender que viver à sombra de um pai herói e blablablá, não deve ser fácil. Mas e quanto aos "danos" que o pai herói pode ter causado no Tiago e na Lílian? Não são importantes? Pelo visto NÃO, já que praticamente não são citados no roteiro. São dois filhos esquecidos, invisíveis.

Esquecidos. O que nos leva à Rony Weasley. Merlin, o que DIABOS aconteceu com o Rony? Honestamente, a visão que tive foi de um cara deprimente, capacho de mulher e figurante em todas as situações. Não, J.K., não foi legal isso. Então é essa a moral de colocar Rony e Hermione juntos? Mostrar que em qualquer versão de realidade, o Rony vai ser a sombra da Hermione,  de alguma forma? Nós entendemos desde o começo. Hermione é a cabeça, Harry é o mártir e Rony... Gente, Rony é o amigo fiel, corajoso dentro dos próprios medos. Não muito brilhante, mas nunca um mero fantoche de mulher. Que coisa mais FEIA. Aff.

Bom, para resumir, esse livro foi SIM como ar fresco depois de muito tempo sem. Mas ao mesmo tempo foi um riso na cara dos fãs. E por quê? A história é fraca, e o que sustenta ela são os personagens que os outros sete livros construíram, personagens que aprendemos a amar, que choramos porque se foram, etc. E a J.K. sabe disso, sabe do apego que criamos com certos personagens e usou isso para amarmos um livro que, sinceramente, em outra situação (que não fosse do desespero dos fãs por mais mais mais), acharíamos meia boca


Personagens chinelonas que eu (não vou negar) adoro #5 personagens

Categoria: Seriados| Tags: Aleatoriedades5 personagens

1. Cersei Lannister (Game of Thrones)
"I should wear the armor, and you the gown."    
Cersei, obviamente, é a Rainha das Chinelonas. Há anos vivo numa relação de amor e ódio com essa mulher, que é a mais foda da série inteira. Sim, ela é uma vaca, manipuladora, louca e vingativa, mas acho que todo praticamente todo mundo tem um crush nela, porque ô mulher que sempre consegue dar a volta por cima, com classe ou sem classe.  E sabe o que é melhor? Ela não precisa de dragões pra fazer as pessoas a temerem, não precisa da piedade dos outros pra sobreviver (beijos, Sonsa), só precisa dela mesma e dessa cabecinha brilhante e totalmente louca que aprendi a amar.
2. Princess Aslaug (Vikings)
"I see things others cannot."
Não me entendam mal, sou Team Lagertha e não nego isso nunca, mas eu gosto da Aslaug. Olha esse rosto: como não gostar? O errado na história sempre foi o Ragnar, e eu entendo toda a frustração da Aslaug com ele, com o lugar onde mora, com as pessoas.  Ela sabe que não tem como competir com a Lagertha, mesmo quando a Lagertha não está lá, é ela que o povo ama, é ela que o Ragnar ama, do jeito torto e ridículo dele. Então sim, nossa princesa Aslaug é uma vaca, amargurada pela situação, mas quem não estaria, né? 
3. Katherine Pierce (The Vampire Diares)
"I'll be the safest psychotic bitch in town."
Aaaaaaaaaaah, que saudade da Katherine. É incrível o que a atitude e um cabelo não faz em uma pessoa, né? Katherine era a melhor parte da Nina Dobrev nesse seriado. Mas também, né? A Elena era tudo o que uma pessoa não deveria ser na vida, então claramente todo mundo prefere a Kat. [SPOILER] Lembro que quando ela morreu fiquei muito puta, porque tinha prometido que se isso acontecesse não assistiria mais esse seriado. Assisti mais um tempo, esperando que ela voltasse (já que ninguém morre de verdade nessa bosta), mas quando vi que não ia rolar, larguei de mão. [/SPOILER]  Mas enfim, não posso negar que, mesmo sendo maravilhosa, ela era uma baita chinelona, o que só me fazia gostar mais dela.
4. Catherine de Medici (Reign)
"Happiness is the one thing we queens wiil never have."
Essa eu comecei odiando, achava a pobre Mary tão injustiçada (ooh), mas logo a coisa inverteu e comecei a gostar bem mais da Catherine do que da Mary. Catherine é uma sobrevivente, como a maioria das personagens nessa lista, na verdade. Foi-se o marido, foi-se o filho querido, foi-se as filhas, mas o queixo continua erguido. Ela pode até ser fria e extremamente calculista, mas passar por tudo que essa mulher passou, não deve ter sido fácil,  e mesmo assim ela continua lá, protegendo o que sobrou e sendo uma vaca com quem tentar atrapalhar isso. You go, girl.
5. Morgana Le Fay/Morgana Pendragon (Camelot e Merlin)
"Era luzente e fria. Com olhos cinzentos claros, ela olhava ameaçadora e fixamente; Com lábios vermelhos claros cantava uma canção: Qual era o cavaleiro que ao olhá-la, Não a receava?"
Por último, mas não menos importante, um combo de duas personagens que são uma (?): Morgana Pendragon, também conhecida como Morgana Le Fay, Morgan, etc. Quem me conhece sabe o quanto sou apaixonada por literatura arturiana, e que sou fascinada por esse nome, por essa personagem que surgiu em tantas versões que é até difícil escolher. Tenho um post começado há tempos aqui com as variações de Morgana na literatura e no cinema, e como pretendo terminá-lo, não vou me estender aqui.
BÔNUS: Evil Queen e Zelena (Once Upon a Time)
"Once you go green, you'll never go queen."#WickedvsEvil
O bônus vai pra personagens de um seriado é daqueles bem guilthy pleasure mesmo. Os efeitos são péssimos, a história é louca e repetitiva, mas é um dos poucos que consigo sempre estar em dia. E essas duas são um dos motivos para isso. Irmãs brigando pra ver quem é a bruxa mais louca e vaca da cidade? Já quero assistir né. 
                                                                                                                                
       Estava na metade da lista e percebi que praticamente todas da lista ou foram rainhas, o que provavelmente explica muita coisa. Não devia ser fácil, sabe? Ser uma rainha. Ter que ficar sentadinha, bonitinha, apertada em um milhão de roupas e fingir que estava feliz, quando provavelmente vivia sendo mal tratada pelo marido, frustrada por não ter voz pra nada, etc. Mas essas rainhas são as que foram lá e falaram "chega", talvez por isso sejam taxadas de vacas. 
       E sinceramente? Se não ficar quieta para injustiças, se tomar a frente e se defender, sobreviver, ter ambição e conseguir o que quer, mesmo que isso machuque um ou dois egos por aí, é ser vaca... Então essa lista viria a calhar também com o nome "5 personagens que provaram que nem só mocinhas fazem parte do Girl Power".
       Mas como essas personagens adoraaaaaam uma intriga com outras mulheres (porque como tem mulher sonsa, né non?) talvez não sejam aceitas no clubinho. Mas quem liga, né? Talvez isso que me faça gostar ainda mais delas. Não são hipócritas e são, mas tão, egoístas, como todas nós deveríamos ser às vezes. E é isso aí. 


Personagens de filmes que me identifico #5 personagens

Categoria: Filmes | Tags: Aleatoriedades, 5 personagens 

1. Summer Finn (500 days of Summer)
"I don't actually feel comfortable being anyone's anything, you know. Relationships are messy and people's feelings get hurt.” 
       Acho que todo mundo já foi Summer e já foi Tom na vida. Tive a "sorte" de só ter sido Tom uma vez, porque me vejo muito mais como Summer. Gosto desse filme, pois é uma história simples que gera vários questionamentos. "Summer é ou não é uma vaca?", eu escuto bastante esse. E só o que eu digo é: "ela avisou e nunca prometeu nada para o Tom". E gente, mesmo que tivesse prometido, e daí? Todo mundo pode mudar de ideia, essa é a graça da vida. 
       Se eu estivesse com alguém e um dia olhasse para a pessoa e percebesse que não sinto nada (ou só sinto carinho, amizade, etc), porque eu seria obrigada a continuar naquela situação que no fim vai tornar ambos miseráveis? Por que eu continuaria querendo me sentir incompleta e com dúvidas? Isso me tornaria uma vaca? Talvez. Eu me sentiria uma vaca? Não realmente. 
       Então sejam mais como a Summer e menos como o Tom, porque ninguém é obrigada a permanecer e mudar de ideia, sentir-se diferente, querer algo novo, não é algo ruim. Então não force ninguém em uma situação de promessas que a pessoa não pode cumprir. E prometer ficar, independente de qualquer coisa, é a maior mentira.

Tom: Look, we don't have to put a label on it. That's fine. I get it. But, you know, I just... I need some consistency. 
 Summer: I know. 
Tom: I need to know that you're not gonna wake up in the morning and feel differently. 
 Summer: And I can't give you that. Nobody can.
2. Clementine Kruczynsk (Eternal Sunshine of the Spotless Mind)
"Too many guys think I'm a concept, or I complete them, or I'm gonna make them alive. But I'm just a fucked-up girl who's lookin' for my own peace of mind; don't assign me yours. 
       Clementine, a impulsiva. O cara tá um  pé no saco? É só apagar ele da tua mente. Se existisse realmente essa opção, eu já teria usado algumas vezes, porque - assim como a Tangerine - sou muito impulsiva. 
       Perdi a conta de quantas vezes falei a coisa mais malvada que me veio a cabeça só para causar reações. Raiva, mágoa, frustração. Se faço por mal? Não exatamente. Se me arrependo? Às vezes. Mas existe uma música que diz: "Quanta besteira a gente inventa... Cade silêncio é uma desculpa, por não saber que o que se pensa é bem pior do que se fala". Então eu falo, fujo, desdenho. Mas eu aviso desde o começo: eu sou assim, fique se quiser. 
       Também fico entediada quando me sinto na "obrigação" de algo, coisas que relacionamentos trazem, sabe? E odeio me sentir presa. Então é isso, isso que acontece comigo também, Clem. Então te entendo.

Joel: I can't see anything that I don't like about you.
Clementine: But you will! But you will. You know, you will think of things. And I'll get bored with you and feel trapped because that's what happens with me.
3. Frances Ha (Frances Ha)
"I'm so embarrassed. I'm not a real person yet." 
       Eu dava risada sozinha assistindo esse filme. Frances, tão desajustada, tão perdida no mundo, tão apegada e desapegada. Me senti ela, com o andar de pato, com a cara de esperança, com a tentativa. 
       Frances parece a forma certa de descrever alguém que cresceu só de idade, mas permanece presa a algo que não é mais, a sonhos que já não são mais possíveis. Por que, gente, alguns sonhos realmente não são possíveis, tá? Não quero ser desmancha prazeres e nem a chata pessimista, mas é verdade. E eu, muitas vezes, me sinto assim. Me sinto presa à um "eu" de anos atrás, um "eu" que não existe mais, mas ainda insiste em querer existir. É confuso, eu sei, mas na minha cabeça fez sentido. HAHA

Benji: Are you still undateable? 
 Frances: Oh yes, very undateable.
4. Amélie Poulain (Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain)
Any normal girl would call the number, meet him, return the album and see if her dream is viable. It's called a reality check. The last thing Amélie wants.
       Parece tão difícil falar sombre a pequena Amélie,  sonhadora e medrosa ao mesmo tempo. Acho que é a personagem mais complexa dessa lista e, não, não pelo nome do filme ser LE FABULEUX DESTIN D'AMÉLIE POULAIN e eu não ter a mínima ideia de como se pronuncia. 
       Gosto da Amélie porque ela é uma contradição, porque ela quer muito sentir as coisas, se apega a detalhes, repara nas coisas, anseia pelas coisas, e quando tem a oportunidade de sentir algumas dessas coisas... O que ela faz? Isso mesmo, senhores, ela corre, se esconde, faze joguinhos, pois tem medo. E quem não é assim, né? 


Raymond: So, my little Amélie, you don't have bones of glass. You can take life's knocks. If you let this chance pass, eventually, your heart will become as dry and brittle as my skeleton. So, go get him, for Pete's sake!
5. Holly Golighty (Breakfast at Tiffany's)
"It's the mistake you always made, Doc, trying to love a wild thing. You were always lugging home wild things. Once it was a hawk with a broken wing... and another time it was a full-grown wildcat with a broken leg. Remember? You musn't give your heart to a wild thing."
       Bonequinha de Luxo é um clássico, né? E com a Audrey dificilmente poderia dar errado. O tipo de filme que pode-se assistir cem vezes e sempre gostar e se identificar com a Holly. A personagem que quer tanto ser independente e não precisar de homem algum, que acaba precisando deles para quase tudo. 
       Holly não pertence a ninguém, a lugar algum, mas às vezes não pertence nem a si mesma porque levou esse modo de vida ao extremo. E o que faz quando alguém pisa na sua zona de conforto? Desdenha e bate o pé, porque é uma "coisa selvagem". O que o Paul diz para ele define exatamente como vejo a Holly, e como muitas vezes vejo a mim mesma. 


Paul: You know what's wrong with you, Miss Whoever-you-are? You're chicken, you've got no guts. You're afraid to stick out your chin and say, "Okay, life's a fact, people do fall in love, people do belong to each other, because that's the only chance anybody's got for real happiness." You call yourself a free spirit, a "wild thing," and you're terrified somebody's gonna stick you in a cage. Well baby, you're already in that cage. You built it yourself. And it's not bounded in the west by Tulip, Texas, or in the east by Somali-land. It's wherever you go. Because no matter where you run, you just end up running into yourself.
 

       Existem tantos personagens que me identifico, que gosto, que odeio, de alguma forma, que resolvi separar de cinco em cinco, dependendo do tema. Pretendo fazer de seriados e livros também.  Mas, por enquanto, é isso. Essas cinco sem dúvidas são as minhas preferidas. E eu sei, gente, tenho uma queda por personagens potencialmente problemáticas e vacas, mas e daí? Aposto que todo mundo tem. Até a próxima.


#3 things

Categoria: Bla-bla-blá | Tags: Aleatoriedades
Vi essa listinha no blog Milarga e resolvi fazer também.


Três coisas que mal posso esperar: 
• Dia do pagamento 
• Estréia de Cursed Child 
• O Vagão reabrir 
 Três coisas que me dão medo 
 • Mordred de A Torre Negra (pelo amor de Deus, o bebê vira uma aranha enquanto mama) 
• Morte 
 Ser assaltada 
Três coisas que me dão preguiça 
• Extremistas (feministas, machistas, esquerdistas, etc etc)
• Ter que ficar repetindo a mesma coisa mil vezes 
• Não poder falar ou pensar nada sem que algumas pessoas achem que me conhecem mais do que eu mesma 
Três coisas de que eu gosto 
• Dormir no inverno (no verão, na rua, no ônibus, no trabalho, nas festas, qualquer lugar ou época) 
• A risada da minha sobrinha 
• Maratonar algum seriado
Três coisas que eu não gosto 
• Internet lenta
• Batman
• Sabichões
Três cheiros que eu gosto
• Cheiro de bebê
• Café
• Sabonete de erva doce
Três cheiros que eu não gosto
• Goiaba (já era a goiaba, já era a goiaba)
• Cigarro (sorry not sorry)
• Qualquer perfume ou creme de frutas vermelhas
Três comidas GIMME MORE
• Pão de fucking queijo
• Lasanha
• Sushi
Três comidas “prefiro a fome”
• Bife acebolado
• Arroz doce
• Qualquer coisa com cebola
Três redes sociais favoritas
• Instagram
• Twitter 
• Tumblr
Três redes sociais desgracentas
• Snapchat
• WhatsApp (eu não tenho paciência)
• Facebook (amor e ódio por essa)
Três bebidas preferidas
• Coca-Cola
• Nescau
• Tequila
Três bebidas que URGH
• Suco de limão
• Caipirinha
• Água de coco (qual é o sentido?)
Três coisas que eu quero fazer
• Carteira de motorista
• Viajar
• Escrever mais
Três coisas que eu deveria fazer
• Viajar 
• Estudar
• Assistir menos seriado (sorry not sorry 2)
Três coisas que eu sei fazer
• Panquecas
• Rolinho com a língua
• Dar vácuo em todas as redes sociais
Três coisas que eu não sei fazer
• Todos os tipos de comida que não sejam: panquecas, guisado e massa
• Receber elogios sem ficar me explicando
• Fingir que gosto de alguém
Três coisas que estão na minha cabeça
• O almoço, sempre o almoço
• Minha cama
• Nova temporada de Sense8
Três coisas que eu falo bastante
• "Bah"
• "Sério?"
• "Tenso"
Três assuntos de que eu falo bastante
• Filmes | Seriados
• Scarlett Ingrid Johansson
• Literatura
Três coisas que eu quero
• Descobrir o que realmente quero da vida, em termos de profissão
• Convencer todos os leitores do mundo que a orelha do livro NÃO É marcador de páginas
• Cabelo lindo, sedoso, sem frizz, sem raiz por fazer e sempre tonalizado no tom mais lindo de laranja foguinho
Três coisas que me acalmam
• Meus cachorros 
• Meu quarto
• Minha família
Três coisas que me estressam
• Alunos com livros em atraso/extraviados na biblioteca
• Me sentir presa
• Acordar cedo
Três coisas que eu vou fazer essa semana
• Assistir seriado
• Dançar
• Pintar o cabelo
Três coisas que eu fiz na semana passada
• Arrumei meu quarto
• Assisti seriado
• Dormi