Personagens de filmes que me identifico #5 personagens

Categoria: Filmes | Tags: Aleatoriedades, 5 personagens 

1. Summer Finn (500 days of Summer)
"I don't actually feel comfortable being anyone's anything, you know. Relationships are messy and people's feelings get hurt.” 
       Acho que todo mundo já foi Summer e já foi Tom na vida. Tive a "sorte" de só ter sido Tom uma vez, porque me vejo muito mais como Summer. Gosto desse filme, pois é uma história simples que gera vários questionamentos. "Summer é ou não é uma vaca?", eu escuto bastante esse. E só o que eu digo é: "ela avisou e nunca prometeu nada para o Tom". E gente, mesmo que tivesse prometido, e daí? Todo mundo pode mudar de ideia, essa é a graça da vida. 
       Se eu estivesse com alguém e um dia olhasse para a pessoa e percebesse que não sinto nada (ou só sinto carinho, amizade, etc), porque eu seria obrigada a continuar naquela situação que no fim vai tornar ambos miseráveis? Por que eu continuaria querendo me sentir incompleta e com dúvidas? Isso me tornaria uma vaca? Talvez. Eu me sentiria uma vaca? Não realmente. 
       Então sejam mais como a Summer e menos como o Tom, porque ninguém é obrigada a permanecer e mudar de ideia, sentir-se diferente, querer algo novo, não é algo ruim. Então não force ninguém em uma situação de promessas que a pessoa não pode cumprir. E prometer ficar, independente de qualquer coisa, é a maior mentira.

Tom: Look, we don't have to put a label on it. That's fine. I get it. But, you know, I just... I need some consistency. 
 Summer: I know. 
Tom: I need to know that you're not gonna wake up in the morning and feel differently. 
 Summer: And I can't give you that. Nobody can.
2. Clementine Kruczynsk (Eternal Sunshine of the Spotless Mind)
"Too many guys think I'm a concept, or I complete them, or I'm gonna make them alive. But I'm just a fucked-up girl who's lookin' for my own peace of mind; don't assign me yours. 
       Clementine, a impulsiva. O cara tá um  pé no saco? É só apagar ele da tua mente. Se existisse realmente essa opção, eu já teria usado algumas vezes, porque - assim como a Tangerine - sou muito impulsiva. 
       Perdi a conta de quantas vezes falei a coisa mais malvada que me veio a cabeça só para causar reações. Raiva, mágoa, frustração. Se faço por mal? Não exatamente. Se me arrependo? Às vezes. Mas existe uma música que diz: "Quanta besteira a gente inventa... Cade silêncio é uma desculpa, por não saber que o que se pensa é bem pior do que se fala". Então eu falo, fujo, desdenho. Mas eu aviso desde o começo: eu sou assim, fique se quiser. 
       Também fico entediada quando me sinto na "obrigação" de algo, coisas que relacionamentos trazem, sabe? E odeio me sentir presa. Então é isso, isso que acontece comigo também, Clem. Então te entendo.

Joel: I can't see anything that I don't like about you.
Clementine: But you will! But you will. You know, you will think of things. And I'll get bored with you and feel trapped because that's what happens with me.
3. Frances Ha (Frances Ha)
"I'm so embarrassed. I'm not a real person yet." 
       Eu dava risada sozinha assistindo esse filme. Frances, tão desajustada, tão perdida no mundo, tão apegada e desapegada. Me senti ela, com o andar de pato, com a cara de esperança, com a tentativa. 
       Frances parece a forma certa de descrever alguém que cresceu só de idade, mas permanece presa a algo que não é mais, a sonhos que já não são mais possíveis. Por que, gente, alguns sonhos realmente não são possíveis, tá? Não quero ser desmancha prazeres e nem a chata pessimista, mas é verdade. E eu, muitas vezes, me sinto assim. Me sinto presa à um "eu" de anos atrás, um "eu" que não existe mais, mas ainda insiste em querer existir. É confuso, eu sei, mas na minha cabeça fez sentido. HAHA

Benji: Are you still undateable? 
 Frances: Oh yes, very undateable.
4. Amélie Poulain (Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain)
Any normal girl would call the number, meet him, return the album and see if her dream is viable. It's called a reality check. The last thing Amélie wants.
       Parece tão difícil falar sombre a pequena Amélie,  sonhadora e medrosa ao mesmo tempo. Acho que é a personagem mais complexa dessa lista e, não, não pelo nome do filme ser LE FABULEUX DESTIN D'AMÉLIE POULAIN e eu não ter a mínima ideia de como se pronuncia. 
       Gosto da Amélie porque ela é uma contradição, porque ela quer muito sentir as coisas, se apega a detalhes, repara nas coisas, anseia pelas coisas, e quando tem a oportunidade de sentir algumas dessas coisas... O que ela faz? Isso mesmo, senhores, ela corre, se esconde, faze joguinhos, pois tem medo. E quem não é assim, né? 


Raymond: So, my little Amélie, you don't have bones of glass. You can take life's knocks. If you let this chance pass, eventually, your heart will become as dry and brittle as my skeleton. So, go get him, for Pete's sake!
5. Holly Golighty (Breakfast at Tiffany's)
"It's the mistake you always made, Doc, trying to love a wild thing. You were always lugging home wild things. Once it was a hawk with a broken wing... and another time it was a full-grown wildcat with a broken leg. Remember? You musn't give your heart to a wild thing."
       Bonequinha de Luxo é um clássico, né? E com a Audrey dificilmente poderia dar errado. O tipo de filme que pode-se assistir cem vezes e sempre gostar e se identificar com a Holly. A personagem que quer tanto ser independente e não precisar de homem algum, que acaba precisando deles para quase tudo. 
       Holly não pertence a ninguém, a lugar algum, mas às vezes não pertence nem a si mesma porque levou esse modo de vida ao extremo. E o que faz quando alguém pisa na sua zona de conforto? Desdenha e bate o pé, porque é uma "coisa selvagem". O que o Paul diz para ele define exatamente como vejo a Holly, e como muitas vezes vejo a mim mesma. 


Paul: You know what's wrong with you, Miss Whoever-you-are? You're chicken, you've got no guts. You're afraid to stick out your chin and say, "Okay, life's a fact, people do fall in love, people do belong to each other, because that's the only chance anybody's got for real happiness." You call yourself a free spirit, a "wild thing," and you're terrified somebody's gonna stick you in a cage. Well baby, you're already in that cage. You built it yourself. And it's not bounded in the west by Tulip, Texas, or in the east by Somali-land. It's wherever you go. Because no matter where you run, you just end up running into yourself.
 

       Existem tantos personagens que me identifico, que gosto, que odeio, de alguma forma, que resolvi separar de cinco em cinco, dependendo do tema. Pretendo fazer de seriados e livros também.  Mas, por enquanto, é isso. Essas cinco sem dúvidas são as minhas preferidas. E eu sei, gente, tenho uma queda por personagens potencialmente problemáticas e vacas, mas e daí? Aposto que todo mundo tem. Até a próxima.


Deixe um comentário